melting pot #2
em outubro passado fiz aqui um comentário sobre o melting pot americano que perigosamente se esta a alastrar pelo mundo, agora recupera-se de novo por causa da virginia...
"No livro a dimensão oculta o antropólogo Edward T. Hall fala sobre a quantidade de espaço físico, social e cultural e a forma como temos percepção dele, definindo assim este termo como “proxémica”
É estudado a régua invisível em que medimos o que esta a nossa volta, tanto o espaço como as pessoas.
Por exemplo qual a distancia mínima de proximidade com um desconhecido? Pode variar numa praia, num concerto, no metro ou numa rua. Como ocupam as pessoas um espaço vazio como por o de uma praça? Como podem fazer os japoneses a separação e protecção da sua intimidade quanto tem paredes de papel? Como podem os holandeses ter as janelas escancaradas para a rua e em Portugal isso ser inconcebível?
Para alem de todas as questões culturais que separam a noção de espaço pessoal entre as diversas culturas, há uma secção do livro que fala de experiências com ratos onde facilmente se pode transportar alguns comportamentos para os seus primos mamíferos humanos.
Há uma experiência em que se coloca uma população de ratos num determinado espaço sub-dimensionado e vê-se o seu comportamento. Começam-se a formar grupos, os indivíduos começam a ter comportamentos desviantes, acontecem mortes, matam, auto-mutilam-se, dominam, começa o caos social.
No admirável mundo novo que é os estados unidos da américa onde existe um mundo orwelliano em que 1984 é uma realidade já com alguns anos, a liberdade é paga com barras invisível de ferro numa cela cada vez mais pequena, em que séculos de opressão silenciosa moldam as mentalidades e distorcem as próprias noções básicas que defendem como é o exemplo da democracia.
Algo de estranho se passa, ao vermos as noticias e as estatísticas vemos um número alarmante de crimes, cada vez mais as pessoas se “passam” e desatam a matar os seus semelhantes.
Será este o preço da liberdade que eles tanto defendem?
Já fizeram merda no seu país e estão constantemente a desafiar e insultar a inteligência do resto do mundo impingindo as suas ideias big brotherianas de domínio do mundo através do medo e do jogo de interesses próprios numa espécie de sobrevivência esquizofrénica em que só se tem liberdade quando se controla tudo e todos.
E nós estamos a deixar que isso aconteça.
Tive um professor de sociologia que numa aula nos perguntava algo assim: “sentem-se mais seguros com câmaras nas ruas? E se eu quiser partir uma montra com uma pedra? Esta errado? Sim está, mas se eu realmente quiser partir a montra? Posso parti-la? Acarreto as consequências de um acto punível na sociedade que me encontro, se não gosto das suas regras posso sempre tentar altera-las, contorna-las ou mudar de sociedade.
Agora, se tiver uma câmara, irei ter vontade de partir a montra sabendo que vou ser imediatamente reconhecido? A questão não é se posso ou não partir a montra, a questão não é a de eu não partir a montra porque vou ser apanhado, a questão é que eu não deveria querer partir a montra, não deveria querer partir a montra porque conheço as regras, porque aceito as regras, em vez de ser oprimido por elas e de elas me serem incutidas, eu posso escolher e de escolhas certas se constrói a harmonia social"
"No livro a dimensão oculta o antropólogo Edward T. Hall fala sobre a quantidade de espaço físico, social e cultural e a forma como temos percepção dele, definindo assim este termo como “proxémica”
É estudado a régua invisível em que medimos o que esta a nossa volta, tanto o espaço como as pessoas.
Por exemplo qual a distancia mínima de proximidade com um desconhecido? Pode variar numa praia, num concerto, no metro ou numa rua. Como ocupam as pessoas um espaço vazio como por o de uma praça? Como podem fazer os japoneses a separação e protecção da sua intimidade quanto tem paredes de papel? Como podem os holandeses ter as janelas escancaradas para a rua e em Portugal isso ser inconcebível?
Para alem de todas as questões culturais que separam a noção de espaço pessoal entre as diversas culturas, há uma secção do livro que fala de experiências com ratos onde facilmente se pode transportar alguns comportamentos para os seus primos mamíferos humanos.
Há uma experiência em que se coloca uma população de ratos num determinado espaço sub-dimensionado e vê-se o seu comportamento. Começam-se a formar grupos, os indivíduos começam a ter comportamentos desviantes, acontecem mortes, matam, auto-mutilam-se, dominam, começa o caos social.
No admirável mundo novo que é os estados unidos da américa onde existe um mundo orwelliano em que 1984 é uma realidade já com alguns anos, a liberdade é paga com barras invisível de ferro numa cela cada vez mais pequena, em que séculos de opressão silenciosa moldam as mentalidades e distorcem as próprias noções básicas que defendem como é o exemplo da democracia.
Algo de estranho se passa, ao vermos as noticias e as estatísticas vemos um número alarmante de crimes, cada vez mais as pessoas se “passam” e desatam a matar os seus semelhantes.
Será este o preço da liberdade que eles tanto defendem?
Já fizeram merda no seu país e estão constantemente a desafiar e insultar a inteligência do resto do mundo impingindo as suas ideias big brotherianas de domínio do mundo através do medo e do jogo de interesses próprios numa espécie de sobrevivência esquizofrénica em que só se tem liberdade quando se controla tudo e todos.
E nós estamos a deixar que isso aconteça.
Tive um professor de sociologia que numa aula nos perguntava algo assim: “sentem-se mais seguros com câmaras nas ruas? E se eu quiser partir uma montra com uma pedra? Esta errado? Sim está, mas se eu realmente quiser partir a montra? Posso parti-la? Acarreto as consequências de um acto punível na sociedade que me encontro, se não gosto das suas regras posso sempre tentar altera-las, contorna-las ou mudar de sociedade.
Agora, se tiver uma câmara, irei ter vontade de partir a montra sabendo que vou ser imediatamente reconhecido? A questão não é se posso ou não partir a montra, a questão não é a de eu não partir a montra porque vou ser apanhado, a questão é que eu não deveria querer partir a montra, não deveria querer partir a montra porque conheço as regras, porque aceito as regras, em vez de ser oprimido por elas e de elas me serem incutidas, eu posso escolher e de escolhas certas se constrói a harmonia social"
1 comentário:
so vi a imagem...
um bocado agressiva...
por vezes temos que nos obrigar a abrir os olhos p vermos alem do nosso mundinho... tranquilo, seguro e estavel...!
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